Assim como tudo na vida, a arquitetura e a decoração também têm os seus próprios princípios, que são importantes de conhecer e dominar para executar projetos. Podemos definir princípios como a base que vai nos dar um norte, o caminho a ser seguido em um projeto.

Entender sobre princípios é parte fundamental na arquitetura, pois só através deles conseguimos encontrar harmonia e bem-estar ao projetar um ambiente. Ao dominar os princípios sabemos onde queremos chegar e assim transmitir mais segurança para o cliente, uma vez que temos mais embasamento e repertório para projetar.

Dica do club:

Para elaborar um projeto é preciso conhecer, entender e analisar os princípios para poder aplicá-los. Colocar em prática também faz parte do processo de aprendizagem.

No entanto, antes de partir para os princípios, um arquiteto precisa ter um olhar treinado para outras duas coisas. A primeira é a percepção de um ambiente. Como você se sente no lugar? Qual sua sensibilidade no momento de análise? Quais as cores naquele ambiente? Essas são algumas das perguntas que devemos fazer ao pensar um projeto e trabalhar ao longo da carreira para ganhar experiência e aguçar o olhar.

Organização espacial

Outro ponto importante de entender é a organização espacial de um ambiente. Quais são as formas de deslocamento ali dentro? Qual a disposição dos móveis? Como relacionar os espaços? Depois dessas questões e antes de entender princípios, é importante estar bem situado sobre os elementos.

Elementos em Arquitetura e Decoração

Na arquitetura e na decoração, chamamos de Elementos tudo aquilo que irá compor o ambiente. São itens fundamentais sobre os quais os princípios são pensados. Através dos elementos podemos dar vida e personalidade ao ambiente, trazendo conforto e até mesmo provocando sensações. Neste quesito encontramos:

  • Espaços: aqui é preciso entender qual o tamanho do lugar - tanto as medidas quanto as sensações -, como se dá a circulação pelo ambiente e qual a função que tal espaço vai exercer. Aqui o cliente dita o norte.
  • Formas: curvas, lineares, retas; como elas podem mudar o ambiente. Podem ainda ajudar a realçar ou esconder algo.
  • Texturas: lisas, foscas, brilhantes, ásperas ou até estampas. Estão diretamente ligadas ao estilo.
  • Luz: trata-se basicamente das luzes natural e artificial. Pensar qual o uso do espaço para entender qual a melhor iluminação e as possibilidades dos cenários que podem ser criados a partir desse elemento.
  • Temperatura de Cor na Iluminação: quente causa a sensação de aconchego enquanto a fria tende a estimular. É importante lembrar que a iluminação pode mudar a cor do espaço.
  • Cor: uma das coisas mais trabalhadas na arquitetura. Pode mudar a percepção do ambiente sem grandes obras. Também tem o poder de mexer com as emoções.

Dica do club:

Os elementos são utilizados para equilibrar o ambiente. Como as cores, textura e iluminação podem ampliar ou diminuir a percepção do espaço.

Por fim, os Princípios da Arquitetura e da Decoração

Após conhecer os elementos podemos por fim falar sobre os princípios. Eles estão intimamente ligados, como em uma costura. São eles:

  • Equilíbrio: é uma questão de bom gosto, ou seja, não deixar um lado pesar mais que o outro. O ambiente em equilíbrio causa bem-estar. Como exemplo, temos os equilíbrios simétrico, assimétrico, óptico e radial.
  • Harmonia: é a ausência de conflito. Está ligado ao equilíbrio e pode ser aplicado com a repetição.
  • Unidade de repetição: traz a sensação de continuidade, proporcionando equilíbrio e harmonia. Pode ser a repetição de uma cor, material ou objeto.
  • Ponto Focal: o elemento chave para onde o olhar será atraído ao entrar no ambiente. É possível alcançá-lo através do posicionamento dos elementos. Pode ser algo para causar estranheza.
  • Contraste: é uma quebra na harmonia, no ritmo etc. Também pode causar uma estranheza proposital. Pensado através das cores, padronagens, texturas, iluminação ou formas.
  • Proporção e escala: é a relação entre medidas ou espaços, a forma como os objetos se relacionam. A proporção existe para que haja conforto visual e físico. Na escala encontramos contexto para poder romper a proporção de forma intencional.
  • Ritmo: é a forma como o olhar percorre o espaço. Aqui podemos utilizar elementos para guiar o olhar pelo ambiente. Exemplos de ritmo são: linear, radial e gradação.

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