Por onde você começa o projeto do quarto do bebê?

A dor de um arquiteto quando vai fazer um quartinho, especialmente se o profissional ainda não tem filhos ou experiência com este nicho, é saber por onde começar.

E qual é a estratégia que muitos colegas de profissão usam? Como começar o projeto do quarto do bebê?

Uma delas é perguntar ao cliente qual o estilo de quartinho que ela gosta. Não está errado, mas o problema é que os quartos de bebês misturam muitos elementos e estilos!

Quer um exemplo? O papel floral e a boiserie são elementos típicos do estilo clássico, mas se a cliente quiser incluir um berço reto, que é do estilo moderno, como podemos definir? Mais clássico, mais moderno, um pouco de cada?

Por isso há muito tempo eu deixei de perguntar sobre qual o estilo e passei a ouvir o que a cliente gosta em um quarto de bebê! Saber o que ela quer, quais são as suas dores, o que ela precisa, o que ela gosta vão te ajudar muito...

O bom projeto é aquele que atende ao cliente, seus anseios e sonhos!

E quando fazemos o projeto de um quarto de bebê as expectativas vão muito além, porque a mãe sonha com o momento de ver o bebê dentro daquele ambiente!

A minha dica, quando você for começar o seu planejamento, é coletar informações com a cliente, pedir imagens de referências do que ela já viu e gostou e ouvir com atenção as demandas. Nunca tente adivinhar o que a sua cliente quer para não correr o risco de cometer erros desnecessários!

A etapa de coletar informações e imagens é, com certeza, a mais importante!

Saber a cor de preferência, se algum objeto de família vai fazer parte da decoração, se algum tema foi pensado, se ela quer uma cama, se ela quer berço, se precisa de duas camas, poltrona no quarto, se tem irmãos que vão dividir o espaço...

Depois que você coletou todas as informações, passamos ao estudo de layout.

Lembre-se que nem sempre o layout que você considera ideal é o que vai funcionar para aquela mãe, por isso a importância de validar esta etapa com a cliente e saber como é a rotina da mãe de um recém-nascido, buscando conhecer o dia a dia, as necessidades e o uso de cada item para fazer a setorização da melhor forma possível.

Quer um exemplo? Algumas mães preferem os bolsos porta fralda, outras preferem que elas fiquem na primeira gaveta da cômoda (ou trocador). Esteticamente eu prefiro as fraldas na primeira gaveta – foi como eu fiz no quarto da Helena, mas o que vai determinar é o uso, a necessidade de cada uma.

Outra dúvida comum é sobre a necessidade da poltrona de amamentação, se o ideal é optar por uma fixa, pela de balanço, se a mãe preza pelo conforto, se o mais importante para ela é o design...

Eu reforço o quanto essa etapa é importante porque a gestante é extremamente emocional!

Se a gente fez uma boa coleta de informações, buscando entender a vida dela, as suas necessidades, observando que ela tem em casa (que diz muito sobre o gosto e a personalidade) e absorvendo tudo que ela te passar, a chance de ela se emocionar na apresentação do projeto é praticamente certa!

Te digo isso porque já vi acontecer diversas vezes (e não pense que a ideia vem pronta, a gente vai ter que juntar todas as conversas e referências soltas até chegar naquilo que ela sonhava).

Gostou das dicas de hoje sobre quarto de bebê?

Então que tal continuar a leitura e aprender comigo 10 truques para deixar o quarto do bebê ainda mais lindo em pouco tempo?

Beijos e até depois,

Rê.